O termo Cybergoth foi encontrado através de um RPG em 1988 no Reino Unido, já a moda Cyber foi criada 10 anos depois desse fato.
Diferente do que muitos pensam, eles surgiram dentro e fazem parte da subcultura gótica. São chamados de góticos modernos por sua ideologia ser totalmente voltada ao futuro. Talvez no início fosse algo inocente, ou simplesmente uma alteração na estética e na temática, mas o importante é que cresceu e já é considerado há anos um subgênero.
Cybergoths possuem uma visão futurista, relativo à tecnologia, em que ocorre uma união entre homem e máquina, seja por implantes no cérebro, na carne, e até mesmo algum tipo de união sagrada, mas não se esquecendo do cinismo que o gótico traz na bagagem. Os Cybergoths acham a reposição de homens por máquinas, assim como a união e os 'upgrades' feitos em nós mesmos para "melhorias" como algo desejado e urgente. Caindo claro nos questionamentos sobre a própria "Alma", e o "Eu" que luta para não ficar artificializado ou morto nisso tudo. Eles fazem uma analogia de que somos todos automatizados, e com "códigos de barra" no corpo.
O que se encaixa na estética Cybergoth? O que os diferenciam dos demais góticos são esses principais fatores:
- Dreads Falls: são uma marca registrada no visual. Os sintéticos são pelo fato de que futuramente não teremos cabelos por causa da falta de água, pois se ficássemos lavando-os constantemente como fazemos atualmente seria um grande desperdício desse bem tão valioso a nossa existência.
- Cyberlox: têm a intenção de passar a idéia de fios saindo da cabeça como se fossemos controlados por máquinas.
- Cybermask: mais estética do que ideológica com bases japonesas e cyberpunk.
- Cores: sempre vivas, muitas vezes reagentes à luz negra, com símbolos como perigo biológico e radioativo, uma alerta do que pode acontecer com nosso futuro.
Dentro dessa visão futurista há outros gêneros, por vezes confundidos com o Cybergoth, mas que se diferencia dele na filosofia e estética. Um resumo do que seria segue abaixo:
. Tribo Urbana Gótica Futurista
. Subcultura (evolucionários). Acreditam que o problema não é a tecnologia e sim a consciência humana primitiva. O excesso de informações e Hi-Tech só irá ajudar a evoluir neste ponto. Eles são a favor das máquinas e de tudo que o futuro possa nos reservar
. Música eletrônica: Electrogoth, EBM, Synth, Future-Pop
Rivethead
. Tribo Urbana Industrial
. Contracultura (máquina X existência)
. Evoluíram do Krautrocker
. Uniformes militares, máquinas e BDSM
- São contra o desenvolvimento de tecnologia, pois tem em mente que a mesma só destruirá a vida na Terra. Matrix é um filme que mostra bem esse conceito.
. Industrial, EBM, Death Rock, Nu-goth
As bandas que se encaixam dentro dessa subcultura seguem as classificações de Electrogoth, EBM, Synth, Future-Pop. Batidas eletrônicas, sintetizadores, e tudo o mais que ajude a construir músicas dançantes. Bandas como Suicide Commando (EBM Oldschool), Front 242 (EBM Oldschool), Eisenfunk (Eletrogoth), Zombie Girl (EBM), Extize (Technodark), Angelspit (Eletrogoth), VNV Nation (Future Pop), Grendel (EBM), Dawn of Ashes (EBM), são bons exemplos do que é esse movimento.
Finalizando, na subcultura Gótica, temos várias vertentes, pois ela abrange muitos conceitos, e o principal deles é ver o mundo de uma forma diferente dos demais. Alguns grupos aceitam a situação, já outros não, e começa ai a diferenciação entre cenas. O importante é colocar o cérebro para funcionar. Crenças, filosofias e analogias ficam a cargo de cada um, pois ninguém é "recusado" na tribo por ideais. A liberdade de pensamento é o ponto principal. As pessoas mesmo fora da cena têm visões confusas, contraditórias e umas mais doidas do que as outras. E por quê? Por que a maioria não sabe o que pensar sem ninguém lhes dizer o que seria certo pensar.
Mas uma coisa é correta, o futuro está chegando, e os Cybergoths estão esperando com cinzas, vinil e fumaça, regados de MUITA música.
O garantido é: que Cybergoths são variados e não são engajados em causa, eles são conscientes dos avanços e se fascinam com estes. Bem/mal ou certo/errado fica a cargo do indivíduo e não é da conta da tribo determinar isso. Cybergoths querem seus espaços longe do pré-conceito do mainstream, mas observam "acima" dele toda a sociedade.
Olá, estou vendo a primeira matéria do Blog. Muito bem explicado, de uma forma crítica e de fácil compreensão =] parabens. Estou seguindo e peço para que siga o meu também, faço posts de estilos alternativos, maquiagem e variadas coisas, espero que goste. ^^
ResponderExcluirhttp://kei-darkness.blogspot.com.br/
Obrigada! Vou olhar seu blog sim, e segui-lo.
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